Ao meu amor...
Longe do Paraíso!... O que vou fazer?...
Se as ilusões me fugiram e não voltaram,
São os fantasmas que me revoltam
Recordações do que sonhei ser e não fui!...
Quem me dera voltar atraz no tempo!
Voltar áqueles dias cheios de verdades...
Nesses,que desejei eternidade,
Porque foi Eternidade, esse momento!
Esta luz que ilumina o meu caminho
Levo a vela acesa porque brilha mais alto
Não deixa fugir nem cair quem está perdido.
Não tenho medo de seguir sozinha,
Mas longe do Paraíso,estou em sobressalto!...
Anda ! vem comigo, porque assim nunca estarei perdida!
Para ti!...
Eu sou a que no mundo anda perdida, sou a que na vida não tem norte, Sou a irmã do Sonho, e desta sorte crucificada... a dolorida... Linha o manto do sol... quem mo roubou?! Quem pisou minhas rosas desfolhadas?! Quem foi que sobre as ondas revoltadas A minha taça de oiro espadelou? Citando:Florbela Espanca!
quinta-feira, agosto 24, 2006
segunda-feira, agosto 21, 2006
Aos olhos dele
Não acredito em nada. As minhas crenças
Voaram como voa a pomba mansa,
Pelo azul do ar. E assim fugiram
As minhas doces crenças de criança.
Fiquei então sem fé; e a toda a gente
Eu digo sempre, embora magoada:
Não acredito em Deus e a Virgem Santa
É uma ilusão apenas e mais nada!
Mas avisto os teus olhos, meu amor,
Duma luz suavíssima de dor...
E grito então ao ver esses dois céus:
Eu creio, sim, eu creio na Virgem Santa
Que criou esse brilho que m'encanta!
Eu creio, sim, creio, eu creio em Deus!
FLORBELA ESPANCA
quarta-feira, agosto 16, 2006
TORRE DE NÉVOA
Subi ao alto, à minha Torre esguia,
Feita de fumo, névoas, e luar,
E pus-me, comovida, a conversar
Com os poetas mortos, todo dia.
Contei-lhes os meus sonhos, a alegria
Dos versos que são meus, do meu sonhar,
E todos os poetas, a chorar,
Responderam-me então: "Que fantasia,
Criança doida e crente! Nós também
Tivemos ilusões, como ninguém,
E tudo nos fugiu, tudo morreu!..."
Calaram-se os poetas, tristemente...
E é desde então que eu choro amargamente
Na minha Torre esguia junto ao céu!...
Florbela Espanca
Feita de fumo, névoas, e luar,
E pus-me, comovida, a conversar
Com os poetas mortos, todo dia.
Contei-lhes os meus sonhos, a alegria
Dos versos que são meus, do meu sonhar,
E todos os poetas, a chorar,
Responderam-me então: "Que fantasia,
Criança doida e crente! Nós também
Tivemos ilusões, como ninguém,
E tudo nos fugiu, tudo morreu!..."
Calaram-se os poetas, tristemente...
E é desde então que eu choro amargamente
Na minha Torre esguia junto ao céu!...
Florbela Espanca
segunda-feira, agosto 14, 2006
Começar de novo!!!
Começar de novo
E contar comigo,
Vai valer a pena
Ter amanhecido.
Ter me rebelado,
Ter me debatido.
Ter me machucado,
Ter sobrevivido.
Ter virado a mesa,
Ter me conhecido.
Ter virado o barco,
Ter me socorrido.
Começar de novo
E contar comigo,
Vai valer a pena
Ter amanhecido.
Sem as suas garras,
Sempre tão seguras.
Sem o teu fantasma,
Sem tua moldura.
Sem suas escoras,
Sem o teu domínio.
Sem tuas esporas,
Sem o teu fascínio.
Começar de novo,
E contar comigo,
Vai valer a pena
Já ter te esquecido.
Começar de novo...
Ivan Lins/Victor Martins
domingo, agosto 13, 2006
Amor que morre
O nosso amor morreu... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!
Florbela Espanca
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!
Florbela Espanca
sexta-feira, agosto 11, 2006
Se eu tivesse...
quarta-feira, agosto 09, 2006
Mais um desafio
Lançado pela minha querida princesa :Elise
Empregos que já tive:
Ora cá vai: Primeiro emprego copista (despachante oficial em Luanda). Segundo : Escritório dos meus tios. Terceiro decoradora (Adorei). Quarto : Na Agência com o marido, (polivalente).
Filmes que não me canso de assistir:
Jesus de Nazaré: Emociona-me
A Lista de Schindler:Fico aterrada com tanta creldade
Um violino no Telhado: Achei encantador
Programas de TV que não perco:
Não sou fã de televisão
Mas gosto de ver os documentários do canal de História
Adorei ver o Dallas
E o Gerações
Livros que recomendo:
Para férias? As Palavras Que Nunca Te Direi (foi me oferecido por um amigo)
Lugares onde vivi:
Braga e Luanda (adorei).
Alguns lugares onde já estive:
Madeira, Cabo verde, Angola.
Comidas favoritas:
Chinesa
Músicas favoritas:
Depende do meu estado de espírito
Lugares onde gostaria de estar neste momento:
No deserto do Saara: Onde ninguém me desse cabo da cabeça, e me deixassem viver em paz e ser "Eu" não a personagem que me obriagam a ser.
Passo aos meus amigos que gostem de desafios
Empregos que já tive:
Ora cá vai: Primeiro emprego copista (despachante oficial em Luanda). Segundo : Escritório dos meus tios. Terceiro decoradora (Adorei). Quarto : Na Agência com o marido, (polivalente).
Filmes que não me canso de assistir:
Jesus de Nazaré: Emociona-me
A Lista de Schindler:Fico aterrada com tanta creldade
Um violino no Telhado: Achei encantador
Programas de TV que não perco:
Não sou fã de televisão
Mas gosto de ver os documentários do canal de História
Adorei ver o Dallas
E o Gerações
Livros que recomendo:
Para férias? As Palavras Que Nunca Te Direi (foi me oferecido por um amigo)
Lugares onde vivi:
Braga e Luanda (adorei).
Alguns lugares onde já estive:
Madeira, Cabo verde, Angola.
Comidas favoritas:
Chinesa
Músicas favoritas:
Depende do meu estado de espírito
Lugares onde gostaria de estar neste momento:
No deserto do Saara: Onde ninguém me desse cabo da cabeça, e me deixassem viver em paz e ser "Eu" não a personagem que me obriagam a ser.
Passo aos meus amigos que gostem de desafios
domingo, agosto 06, 2006
Meu ser Evaporei na Luta Insana!
Citando o nosso famoso Bocage
Meu ser evaporei na luta insana
Do tropel de paixões que me arrastava:
Ah! cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
Em mim quasi imortal a essência humana!
De que inúmeros sóis a mente ufana
Existência falaz me não dourava!
Mas eis sucumbe Natureza escrava
Ao mal, que a vida em sua origem dana.
Prazeres, sócios meus, e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta em si não coube,
No abismo vos sumiu dos desenganos
Deus, ó Deus!... quando a morte a luz
me roube,
Ganhe um momento o que perderam anos,
Saiba morrer o que viver não soube
terça-feira, agosto 01, 2006
A tua voz na primavera
Manto de seda azul, o céu reflete
Quanta alegria na minha alma vai!
Tenho os meus lábios úmidos: tomai
A flor e o mel que a vida nos promete!
Sinfonia de luz meu corpo não repete
O ritmo e a cor dum mesmo beijo... olhai!
Iguala o sol que sempre às ondas cai,
Sem que a visão dos poentes se complete!
Meus pequeninos seios cor-de-rosa,
Se os roça ou prende a tua mão nervosa,
Têm a firmeza elástica dos gamos...
Para os teus beijos, sensual, flori!
E amendoeira em flor, só ofereço os ramos,
Só me exalto e sou linda para ti!
Florbela Espanca
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