Era tão pequeno que ninguem o via
Estava sereno e desenvolvia
Sem falar, pedia-porque era semente
-ver a luz do dia como toda a gente.
Não tinha errado.
Não tinha roubado.
Não tinha matado.
Não fizera mal.
Foi assassinado porque a mamã o não queria.
Foi esterilizado com toda a mestria.
Taparam-lhe a boca!
Tratado como presa em toca.
Não soltou um grito.
Não teve manhã.
Nunca andou ao colo!
Não levou um beijo da sua mamá!
Não soube do mundo.
Não viu a magia.
Num breve segundo foi neutralizado...
Não teve direito de se defender...
Negaram-lhe tudo (o destino inteiro...)
- porque os abortistas nasceram primeiro.
Excerto do poema de Renato Azevedo.
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