Amor não sei…, continuo sem saber de onde vem o sopro do meu amor por ti. Sei que te amo desde o princípio. Lembras-te? Quando trocamos as inconsciências? Julguei-me entendida, mas afinal o tempo trocou as voltas aos segundos e baralhou-se na mistura fina do amor com pedaços de tempo. Presumi a tua essência, fiquei feliz até verificar o resultado da alquimia, bebias o elixir às escondidas e deliciavas-me com mistério. Sei que te amo, deixei-me de importar com o que fez amar um dia deixei de presumir, assim vivo diariamente do nosso amor, transportas a receita secreta. Hoje voltamos a trocar as inconsciências, quando entraste no quarto e viste-me dormir, diluímos os acontecimentos difusos em porções finitas e sucessivas de tempo.
Ouviste? O chilrear dos pássaros? Passaram a tarde a brincar com pequenas migalhas de vida, entraram no meu sonho, apareceram em tiras de tempo rasgadas, ouvi descoseres um sorriso em silêncio, parte flutuou pelo ar enquanto me olhavas.
Tentei abrir os olhos, mas fingi dormir, sorrateira queria assaltar-te um beijo, uma carícia e um olhar. Dobraste os lábios e esperei que te aproximasses, senti a tua respiração, o teu cheiro, o toque da tua cabeça no ajuste constante à perfeição. Esperei mais um pouco, senti o amor e fiz abrir o olhar. Não estavas lá, continuava um sonho, lembrei-me que afinal o amor não sabe. O amor não sabe medir distâncias, por isso às vezes nos visitamos embora distantes para aquecer os corações. O amor não sabe que eu sei a razão de te amar, não sabe medir a distância entre dois corações que se partilham. O amor não sabe esperar quando chegas ele já está comigo à algum tempo, vem primeiro, corre na impaciência. O amor não sabe de nada e nós nada lhe devemos dizer, para que cresça com pureza, continue na inocência a voar entre o meu e teu coração
P.S.De qualquer lado...
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