sábado, dezembro 01, 2007

Para pensar



Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Esta taça e este abraço são para ti!...


O mundo diz-te alegre porque o riso
Desabrocha em tua boca, docemente
Como uma flor de luz! Meigo sorriso
Que na tua boca poisa alegremente!

Chama-te o mundo alegre. Ai, meu amor,
Só eu inda li bem nessa alegria!…
Também parece alegre a triste cor
Do sol, à tarde, ao despedir-se o dia!…



És triste; eu sei. Toda suavidade
Tão roxa, como é roxa uma saudade
É a tua alma, amor, cheia de mágoa.

Eu sei que és triste, sei. O meu olhar
Descobriu o segredo, que a cantar
Repoisa nos teus olhos rasos d’água!…

Florbela Espanca

quarta-feira, novembro 07, 2007

Porque hojé é dia 7 é o meu aniversário


O dia em que nasci



O dia em que nasci, vinda do paraíso
Em que sorrisos brotaram
Desejando-me vida longa e felicidade
Floresci perfumada como a Primavera

Quando as estrelas piscam, piscam
Desejam-me feliz aniversário
A mim pérola brilhante

Quando o céu se veste de arco-irís
Deseja-me feliz aniversário a mim
A rainha das cores


No mais doce dos ritmos
Quando o rouxinol canta melodias
Deseja-me feliz aniversário


Quando o coração reza por paz
Deseja-me feliz aniversário a mim
A Princesa dos corações

terça-feira, setembro 18, 2007

Vida


É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!

Todos somos no mundo <>,
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!

A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...

Amar-te a vida inteira eu não podia.
A gente esquece sempre o bem de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!

Florbela Espanca

sábado, setembro 01, 2007

O Céu como horizonte!...



Este post foi escrito
em Setembro de 2005, engraçado nada mudou continua tudo igual

De volta
Olá amigos, cheguei de novo ao meu mundo, o mundo da blogsfera.
Tenho passado por momentos bastante maus na minha vida, mas quem não passa não é humano. Já dei a volta, eis-me de novo para prosar convosco, e decidi contar-vos como o fiz. Vamos lá aos finalmente, porque isto é trololó de lamechas…

Andava eu mui triste e desiludida com a vida, quando comecei a pensar em tomar medidas para alterar o meu estado depressivo, e de uma forma radical. Primeira medida em que pensei: suicídio! Parti então à procura, na Net, de sites que mostrassem a melhor forma de o fazer. Por muito que procurasse, não encontrei nada que assegurasse uma partida com grande estardalhaço!

Muito bem, pensei eu, tá a começar mal!! Decidi avaliar os métodos tradicionais, de que todos ouviram falar. Primeiro pensei no enforcamento: corda no pescoço e pronto. Nah... iria ficar toda preta e com a língua de fora! Que má educação, que forma de receber quem me descobrisse, que cena! Hipótese rejeitada!
Pensei, depois em deixar-me cair num poço! Hmmm... será que alguém me encontraria? E se não me encontrassem, onde iriam colocar os milhares de ramos de flores a que tenho direito?! Nah, essa também não.
Pensei, já desesperada pela falta de alternativa, em cortar os pulsos. Comecei a olhar para eles, tão lindos (!), com estas lindas veias azuizinhas e a imaginar a cena: um rio de sangue, ai, ai! Deu-me um arrepio e pensei: não, não que ainda me aproveitam o sangue para fazer morcelas! Que horror!!!

Comecei a pensar noutra saída. Fugir... a ideia atingiu-me de sopetão. Vou para Marte! Nah, quem me levaria? O meu carro não voa (embora às vezes pareça!). Pois, depois de muito puxar pelos meus neurónios (que até cresceram!), eis que decidi refugiar-me no deserto do Sara. Não teria ninguém para me chatear e assim poderia, por fim, viver a vida descansada e merecida. Comecei a fazer a mala da roupa para levar. Sou uma rapariga organizada, mas na hora em que fui buscar o meu querido companheiro das horas más, aquele que me transporta até vós, o meu portátil, a crueza da realidade atingiu-me duramente! Não posso ir, não há Clix no Sara! Nem imaginam como fiquei desolada, fartei-me de praguejar (coisa que só faço em cirunstâncias absolutamente excepcionais, asseguro-vos!!!).

Resignada à minha impotência, acabei por me convencer que teria de cá ficar! Dadas as circunstâncias, o que fazer?! Optei, então, por fazer uma plástica e mudar o meu visual. Aqui está o antes, e o depois. Isto para não ter mais quem me infernize a vida, a dizer que sou vaidosa, e que gasto rios de dinheiro para me alindar. Já que os lisboetas dizem que nós, as mulheres de Braga, não fazemos a depilação, logo eu que a tinha feito a laser!, só com um transplante voltei a ter os ditos.
E que tal gostam da nova Adrykazinha ;)? Espero que sim! O meu bigode dá-me um gozo da porra. Por vós, meus amigos blogueiros, sou capaz de tudo até de me transformar, para não perder o vosso carinho.


Estou grata a todos.
Beijos muitos e obrigados pelo apoio que me deram e pelas vossas palavras de conforto, nesta hora muito conturbada da minha vida.
Fico a dever-vos esta.

quarta-feira, julho 25, 2007

Nem ni nem si!!


VELHINHA

Se os que me viram já cheia de graça
Olharem bem de frente para mim,
Talvez, cheios de dor, digam assim:
"Já ela é velha! Como o tempo passa!..."

Não sei rir e cantar por mais que faça!
Ó minhas mãos talhadas em marfim,
Deixem esse fio de oiro que esvoaça!
Deixem correr a vida até ao fim!

Tenho vinte e três anos! Sou velhinha!
Tenho cabelos brancos e sou crente...
Já murmuro orações... falo sozinha...

E o bando cor-de-rosa dos carinhos
Que tu me fazes, olho-os indulgente,
Como se fosse um bando de netinhos...

quinta-feira, junho 28, 2007

Os criadores de ilusões!...


Poetas são seres mágicos que criam sonhos, tecem fantasias, inventam histórias.
Doam-se ao mundo sem reservas, numa ânsia apaixonada de compartilhar os sentimentos que lhes povoam a alma. São feitos bichos-da-seda, que se entregam vorazmente a fazer a sua textura. Falam todas as línguas. Conversam com as estrelas, com as flores, com a chuva. Falam com o sol, com as árvores, com os pássaros. Comunicam-se com toda a natureza.

Sentem uma ansiedade contínua, que só se ameniza quando nasce um poema. Não qualquer poema. Aquele poema. O que lhes veio do mais profundo do meu ser. Que foi acarinhado, corrigido, enxugado, acrescentado. Aquele que fez o poeta atravessar noites sem dormir, rascunhado, amassado, lançado fora, resgatado.
Que foi moldado com uma escultura, mãos em perfeita harmonia com as palavras, dedos encharcados do barro da inspiração.

Parecem carregar nos ombros todas as dores e alegrias do universo. Sentimentos que só conseguem atravessar através dos seus escritos. Quando sofrem, a dor é tão grande que sua obra sai lapidada, cristalina, sem arestas. Se felizes expressam as suas palavras com tanta alegria que contagiam de felicidade o coração do leitor.
A sua magia é tanta, que podem, com o coração destroçado, escrever poemas de pura felicidade. Estar cheios de alegria e criar poesias de profunda tristeza.

Poetas são as cigarras da literatura. Poetar é a sua música. È essa melodia em letras que lhes aquece o espírito, que lhes dá alento para seguir em frente quando os ventos são contrários. Poetas vestem a realidade de fantasia para fazer o mundo sonhar. São seres mágicos que, com a sua luz, alcançam os mais obscuros cantos da alma.

de autoria de: Dorcila Garcia.

domingo, junho 24, 2007

Parabéns linda Princesa

Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Bolo para ti minha menina linda


Faça-se a carne mais envilhecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Chocolates e flores para ti


Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

Brindemos a ti minha linda princesa Elise http://lettersfromelise.blogspot.com/

quinta-feira, junho 07, 2007

Lágrimas Ocultas


Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era q'rida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das Primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

sábado, maio 26, 2007

Hoje faz anos a Dryka



Sobrinha querida, menina dos meus olhos,por ti vivo em sacríficio. Adoro-te meu amor, és realmente a menina dos meus olhos...Por ti sou capaz de ir ao fundo do poço e até me manter lá se for necessário. Eu sei que tu sabes meu anjo lindo.
Um milhão de beijos para ti e os meus parabéns minha querida.Espero que Deus me ajude a estar sempre ao teu lado como a tua sombra, para te conseguir consolar nos maus momentos que a vida te apresentar, nos bons!... Eu sei que o que mais existem são companhias.Sei por experiência própria.

quarta-feira, maio 09, 2007

Vive a vida, sem cadeias!...



A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.

A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.

O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,
o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.

terça-feira, maio 08, 2007

De Repente!...


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.



De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.



Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

De: Vinícios de Morais

segunda-feira, maio 07, 2007

Ausência


Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces.
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausta.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo está terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho desta terra amaldiçoada.
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... Tu irás pois verás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui a grande íntima da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

sexta-feira, maio 04, 2007

A vida



Eu e a noiva em 98


É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!

Todos somos no mundo ,
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!

A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...

Amar-te a vida inteira eu não podia.
A gente esquece sempre o bem de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!

Florbela Espanca

terça-feira, maio 01, 2007

Fanatismo



Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver !
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida !


Não vejo nada assim enlouquecida ...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida !


"Tudo no mundo é frágil, tudo passa ..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim !


E, olhos postos em ti, digo de rastros :
"Ah ! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus : Princípio e Fim ! ..."

De Florbela Espanca

sábado, abril 28, 2007

De Vinicius de Morais




Soneto da fidelidade


De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.




Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.



E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama



Eu possa (me) dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

terça-feira, abril 24, 2007

Prece!!!


Senhor Deus...
Preciso muito te falar,
Um turbilhão de pensamentos,
Estão a atormentar-me,
Meu coração está doente,
Carente da tua força,Senhor!
Quero entender,tantas coisas,
Porque minha alma está tão ferida...
Porque o mar se alojou nos meus olhos...
Porque meu o riso se foi embora...
Porque meu canto é tão triste...
Se canto pra te alegrar?
Sei que tudo é pela tua vontade.
Sei que não há caminho sem volta...
Que todo mar tem gaivota...
Que todo verso tem rima...
Sei que toda tribulação,
Que me foi imposta,só eu posso passar,
Não posso ser hipócrita,
Pedindo-te,pra carrega-las pra mim.
Ajuda-me Senhor a caminhar sem cair!!!

quinta-feira, abril 19, 2007

De Adriana Calcanhoto



Hoje, quando vinha para o trabalho, fiquei deliciada com esta musica.

Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim

Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem amasso
Sou eu assim sem você

Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?

Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

Hoje deu-me para isto :)
Beijinhos

terça-feira, abril 10, 2007

Florbela Espanca a original!!!

Mais um belo poema da minha poetisa de eleição!!!


Sonhei que era a tua amante querida
......................................................
........................................anelante
estava nos teus braços num instante,
fitando com amor os olhos teus

Beija-me as mãos, Amor, devagarinho...
Como se os dois nascêssemos irmãos,
Aves, cantando, ao sol, no mesmo ninho...

Beija-mas bem!...Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei pra minha boca!...



Ela mesma a super especial!!! Florbela Espanca

sábado, abril 07, 2007

Feliz dia de Páscoa


Alguém pode estar á espera que lhe digas: "Tem uma Páscoa feliz"!...

sábado, março 31, 2007

Hoje lembrei...




Lembrei...
Daquela paixão delirante
Dos beijos apaixonados
Dos abraços apertados
De tudo o que fomos antes

Lembrei...
Dos carinhos, dos beijinhos
Dos passeios de mãos dadas
Dos sorrisos, das risadas
Do aconchego em nosso ninho

Lembrei...
Das bebidas que tomamos
Das viagens que fizemos
Da história que escrevemos
Dos dias que nos amamos

Lembrei...
Dos dias frios de inverno
Dos nossos corpos colados,
Dormindo sempre abraçados...
Das nossas juras de amor

Dedicado ao único homem da minha vida JMRR.

segunda-feira, março 19, 2007

Aproveite a vida!...



Colham botões de rosas enquanto podem,
O velho Tempo continua a voar:
E essa mesma flor que hoje lhes sorri,
Amanhã já não estará lá .

O glorioso sol, lume do céu,
Quanto mais alto eleva-se a brilhar,
Mais cedo encerrará a sua jornada,
E mais perto estará de se apagar.

Melhor idade!... Não há como a primeira,
Quando a juventude e o sangue pulsam quentes;
Mas quando passa, piores são os tempos
Que se sucedem e se arrastam inclementes.

Por isso, sem recato, usem o tempo,
E enquanto podem, vivam a festejar,
Pois, depois de haver perdido os áureos anos,
Teremos o tempo inteiro para repousar.
Beijinhos e uma boa semana

domingo, março 11, 2007

Admiro-a! Rosa Lobato Faria.




E de novo a armadilha dos abraços.
E de novo o enredo das delícias.
O rouco da garganta, os pés descalços
a pele alucinada de carícias.
As preces, os segredos, as risadas
no altar esplendoroso das ofertas.
De novo beijo a beijo as madrugadas
de novo seio a seio as descobertas.
Alcandorada no teu corpo imenso
teço um colar de gritos e silêncios
a ecoar no som dos precipícios.
E tudo o que me dás eu te devolvo.
E fazemos de novo, sempre novo
o amor total dos deuses e dos bichos.

sexta-feira, março 09, 2007

Exaltação



Mais um poema da Florbela Espanca que tanto admiro!...

Viver!... Beber o vento e o sol!... Erguer
Ao Céu os corações a palpitar!
Deus fez os nossos braços pra prender,
E a boca fez-se sangue pra beijar!

A chama, sempre rubra, ao alto, a arder!...
Asas sempre perdidas a pairar,
Mais alto para as estrelas desprender!...
A glória!... A fama!... O orgulho de criar!...

Da vida tenho o mel e tenho os travos
No lago dos meus olhos de violetas,
Nos meus beijos extáticos, pagãos!...

Trago na boca o coração dos cravos!
Boémios, vagabundos, e poetas:
--- Como eu sou vossa Irmã, ó meus Irmãos!...

Florbela Espanca

terça-feira, março 06, 2007

Um poema fantástico





Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude do muito imaginar,
Não tenho logo mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada.
Se nela está minha alma transformada,
Que mais deseja o corpo alcançar?
Em si somente pode descansar,
Pois consigo tal alma está liada."

Luis Vaz de Camões

terça-feira, fevereiro 27, 2007

O Amor é assim!...


Desenhei um lindo arco-íris no caminho por onde teus pés te trarão.

Coloquei pétalas de rosas cor de rosa, vermelhas, brancas e amarelas, para perfumarem com suavidade a atmosfera ao teu redor.

Pintei um céu completamente azul, bordei brilhantes estrelas e com elas circundei uma lua cheia que de tão cheia iluminava o universo.

Pedi aos anjos que unissem suas vozes num lindo coral, e inundassem o ar com as melodias mais bonitas que tocassem o teu coração.

E por fim estou aqui com a alma totalmente apaixonada, trazendo nas mãos um manto feito de poemas de amor, perfumado com versos de ternura, de paixão e de carinho, construído com o que de melhor existe em mim, pronta para te envolver e te tomar nos meus braços quando aqui chegares.

Paulo Melo

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

O Um poema para os enamorados!...



Vontade de te encontrar,
de me atirar nos teus braços,
de ouvir dizeres baixinho bem baixinho e no meu ouvido, que gosta de mim.
Vontade de beijar as tuas mãos,
de escutar teu coração,
de conversar coisas bonitas contigo, como só nós sabemos falar.

Loucura?

Sei que parece loucura,
Mas conheço a tua voz,e o teu sentir
leio os teus pensamentos mesmo contido longe,
Conheço-te como a mim!
Encontro-te nos meus sonhos
imagino-te ao meu lado
Fantasio-te nos meus braços!

Não posso dizer que não somos um do outro,
que não nos conhecemos em outra vida...
Só sei que somos almas perdidas á espera do nosso momento para podermos viver este nosso grande amor.Para quem sabe o que é o amor.

terça-feira, janeiro 30, 2007

BALADA DA NEVE



Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
– Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança…

E descalcinhos, doridos…
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!…

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
– e cai no meu coração.

(Augusto Gil)

P.S. Eureka! O homem encontrou a solução para as crianças não sofrerem!... Grande ciência!.. Basta matá-las antes de nascerem! Grande é a ciência do homem do Século XXI! Que pena que seja posta ao serviço da morte!

Obs: Dedicado a todos os bebés a quem foi negado o direito á vida...

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Um grito!... Eu não consigo...




Era tão pequeno que ninguem o via
Estava sereno e desenvolvia
Sem falar, pedia-porque era semente
-ver a luz do dia como toda a gente.

Não tinha errado.
Não tinha roubado.
Não tinha matado.
Não fizera mal.
Foi assassinado porque a mamã o não queria.
Foi esterilizado com toda a mestria.


Taparam-lhe a boca!
Tratado como presa em toca.
Não soltou um grito.
Não teve manhã.
Nunca andou ao colo!
Não levou um beijo da sua mamá!
Não soube do mundo.
Não viu a magia.

Num breve segundo foi neutralizado...
Não teve direito de se defender...
Negaram-lhe tudo (o destino inteiro...)
- porque os abortistas nasceram primeiro.


Excerto do poema de Renato Azevedo.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

PORQUE VOTO NÃO AO ABORTO

Um desabafo!...

Apesar das habilidosas perguntas colocadas num boletim de voto num referendo que põe em questão um problema além do mais civilizacional, e que são inteligíveis apenas para alguns pseudo-letrados interessados em que tal crime venha a ser admitido pela legislação deste pobre país, governado por pobre gente e que tem como legisladores gente pobre, eu voto NÃO!!!

Votaria sim se, há oitenta ou mais anos, existisse e tivesse a premonição de que iria existir quem nos tempos actuais nos governa. E votaria sim, se tivesse a tal premonição, porque muitos daqueles que nos governam, filhos não se sabe de quem, não existiriam e este assunto nem seria discutido.

Gastam-se milhões com a preservação dos linces da Malcata; gastam-se milhões com a preservação de várias espécies animais e pisciculas em perigo; gastam-se milhões com a preservação de espécies vegetais em perigo; fazem-se expedições caríssimas em investigações submarinas e exibem-se nas televisões filmes deliciosos sobre a reprodução das espécies; fazem-se festas nos zoomarines quando nasce um golfinho ou uma foca...e reportagens feitas nas mais longínquas paragens quando nasce um panda, uma ninhada de lobos, ou de chacais!!!

E, estas estranhas entidades que nos governam, pretendem de forma referendária ir iniciando o fim da Humanidade?, Não!!! Categoricamente, Não!!!


Será que que todos os festeiros do 25/4, que se comprometeram a estabelecer uma democracia, se convenceram que a dita é uma ditadura do voto? Ou que ser presumidamente eleito é um àlibi?

Acabemos com isto, senhores e senhoras!

Escrito por: José Ribeiro.

Obs:Até ao fim do referendo não postarei mais qualquer post!...